
O delegado Ruy Ferraz Fontes, referência no combate ao crime organizado, foi assassinado em uma aparente emboscada no litoral paulista. Com mais de 40 anos dedicados à Polícia Civil de São Paulo, ele estava aposentado e atuava como secretário de Administração em Praia Grande.
Sua trajetória começou na década de 1990, como delegado titular da Delegacia de Polícia de Taguaí (Deinter 7). Ao longo da carreira, foi delegado assistente da Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e ocupou cargos de destaque, como delegado titular da 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes do Denarc e da 5ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Bancos do Deic, além de chefiar outras unidades da capital.
Também dirigiu o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e chegou ao posto máximo da instituição, como delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. Entre 2019 e 2022, chefiou a corporação, nomeado durante o governo João Doria.
Reconhecido por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2006 indiciou toda a cúpula da facção, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de sua transferência para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.
Desde janeiro de 2023, ocupava a Secretaria de Administração de Praia Grande, função que manteve na atual gestão iniciada em 2025.