A Prefeitura de Fartura, por meio da Secretaria de Assistência Social, promoveu durante o mês diversas atividades alusivas ao Agosto Lilás, campanha nacional de conscientização e combate à violência contra a mulher. O objetivo do movimento é informar a população sobre as diferentes formas de violência – psicológica, física, moral e patrimonial -, divulgar canais de denúncia e incentivar as vítimas a buscar ajuda.
De acordo com a secretária de Assistência Social, Ariele Silvério, todas as unidades da rede foram decoradas com elementos da campanha, além da instalação de faixas em pontos estratégicos da cidade com mensagens de reflexão. Uma delas, que apresentava a história simbólica de uma mulher chamada “Maria”, chamou a atenção da comunidade.
“À primeira vista, a cena parecia retratar um casal em desentendimento, com o agressor pedindo desculpas. A ideia foi representar o ciclo da violência, marcado por repetidos pedidos de perdão, como relatado por muitas vítimas. Encerramos a atividade na Feira da Lua, debatendo o tema com a população”, explicou Ariele.
As ações também incluíram rodas de conversa sobre namoro abusivo, direcionadas a mulheres e jovens. Para a secretária, discutir o assunto desde cedo é fundamental: “Precisamos orientar crianças e adolescentes sobre relacionamentos saudáveis, rompendo a cultura de tolerância à violência”.
Ariele destacou ainda que o Agosto Lilás deve ser entendido como um compromisso coletivo: “Mais do que um mês de conscientização, é um chamado para que toda a sociedade se engaje na prevenção e no enfrentamento da violência contra a mulher”.
Interpretação
Na Feira da Lua, a personagem Maria foi representada em uma encenação pela atriz Adriana Pereira, que deu voz à trajetória de muitas mulheres vítimas de violência. No relato, Maria era uma jovem cheia de sonhos que acreditava ter encontrado o amor. No início, o ciúme do parceiro parecia cuidado, mas logo se transformou em controle.
Segundo a encenação, ela foi obrigada a mudar seu modo de vestir, afastada da família e dos amigos e, com o tempo, passou a sofrer agressões físicas, vivendo um ciclo de violência que se repetia. A história alerta para a realidade de tantas mulheres que, na esperança de mudança, acabam em situações de risco.
“Estamos aqui para dizer: não volte, Maria. Há muita gente que quer te ver feliz. E sim, em briga de marido e mulher, a sociedade deve intervir”, reforçaram as organizadoras.
Serviço
As mobilizações do Agosto Lilás continuam em Fartura até o fim do mês, com reforço na divulgação dos canais de denúncia. O Disque 180 funciona 24 horas, de forma gratuita e sigilosa.
