Brasil repete dificuldade para criar dos tempos de Dorival Júnior, mas consegue passar ileso ao Equador e tem no estreante Alexsandro a melhor notícia da noite

Quem esperava que a chegada de Carlo Ancelotti representasse uma virada de chave instantânea na seleção brasileira se frustrou. O impacto inicial da contratação do italiano foi importante para renovar as esperanças da torcida e amenizar a pressão sofrida pelos atletas após a goleada sofrida por 4 a 1 para a Argentina no último jogo. Porém, com somente três treinamentos (sendo apenas dois com o grupo completo), o treinador não conseguiu operar milagre.
A era Ancelotti começou sem empolgar, com um empate sem gols e pouca emoção diante do Equador, em Guayaquil.

Porém, analisando a situação de forma pragmática, não se pode dizer que foi um mau resultado. Hoje o Equador está em estágio mais avançado de preparação, e o ponto obtido fora de casa foi importante para o Brasil. Uma vitória na terça-feira sobre o Paraguai, em São Paulo, pode colocar a Seleção na segunda colocação das Eliminatórias.
Ao mesmo tempo em que freia a empolgação de alguns, a estreia de Ancelotti traz motivos para ter esperança. A começar pela melhora defensiva. Depois de quatro jogos, o Brasil voltou a sair de campo sem ser vazado, algo que foi comum no ciclo de Copa anterior e se perdeu no atual.
O novo treinador posicionou a Seleção num 4-1-4-1 sem a bola, com Casemiro protegendo a entrada da área, e os homens de frente ajudando bastante na recomposição defensiva.
Estreante da noite, Alexsandro teve atuação quase impecável e foi, talvez, a melhor notícia da partida. Ágil e eficiente nas disputas por cima e por baixo, o zagueiro do Lille, da França, mostrou não apenas que tem potencial para figurar nas próximas convocações, como também que pode brigar por uma vaga de titular na equipe. A disputa com Gabriel Magalhães promete ser acirrada.

Foto: Franklin Jacome / Getty Images