EMPRESA TRANSFORMA LARVAS EM PETISCOS PARA CÃES E FATURA R$ 18 MIL POR MÊS

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Startup fluminense aposta em proteína sustentável e planeja expandir o uso de insetos para a alimentação humana

Startup produz petiscos sustentáveis e ricos em proteína usando larvas da mosca soldado-negro

Um petisco saudável, rico em proteína e sustentável — feito com larvas de mosca. O que parece inusitado é, para uma startup fluminense, o futuro da alimentação pet.

A iniciativa surgiu em Cachoeiras de Macacu (RJ), onde quatro sócios decidiram investir em um mercado em expansão no exterior: os alimentos à base de insetos. Inspirados em uma empresa sul-africana que utiliza a mosca soldado-negro na compostagem, os empreendedores aprenderam a criar larvas, coletar ovos e controlar todo o ciclo produtivo.

Segundo o biólogo Diego Flores, doutor em estudos sobre a mosca soldado-negro, as larvas crescem até 8 mil vezes o tamanho inicial em cerca de 15 dias e se transformam em petiscos ricos em proteína para cães. Elas são altamente nutritivas: contêm 45% de proteína bruta, 89% de digestibilidade e são hipoalergênicas — ideais para cães com restrições alimentares.

O tutor Carlos Ceppas, dono da shiba inu Aika, aprovou o produto:

“Pode parecer estranho, mas ela adora. Pede todos os dias. Melhorou o pelo, o intestino e até o sono.”

Com menos de um ano de operação e investimento inicial de R$ 480 mil, a empresa já fatura cerca de R$ 18 mil por mês. A meta é alcançar R$ 4,5 milhões por ano, com margem bruta de 60%.

A maior barreira ainda é a aceitação dos tutores. Para vencer essa resistência, os sócios apostam em parcerias com veterinários, marketing digital e distribuição de amostras pelo site.

“Quando o tutor testa, percebe que é saudável para o pet e para o planeta”, afirma o sócio Bruno Monteiro.

Embora o foco atual seja o mercado pet, o grupo pretende, no futuro, incentivar o consumo humano de insetos — prática comum em países como México, Indonésia e Tailândia.

“Vale a pena testar. No fim, você faz bem para o seu pet e para o planeta”, conclui Bruno.

Fonte G1