
A Biblioteca Municipal Prof. Roberto Moreira, em Fartura, sediará o Clube de Leitura Fartura Literária, promovendo encontros mensais, presenciais e gratuitos que incentivam a troca de ideias e experiências no universo dos livros.
O projeto é uma parceria entre o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB) e a Biblioteca Municipal de Fartura. Aberto ao público a partir de 16 anos, tem como objetivo incentivar a leitura e o diálogo entre os participantes.
A mediação ficará a cargo de Daiane Eloísa dos Santos, graduada em Letras (UENP) e Pedagogia (Univesp), com mestrado em Estudos da Linguagem pela UEL (Londrina-PR). Serão realizados cinco encontros, de agosto a dezembro de 2025, com obras clássicas e contemporâneas de diversos autores e gêneros. Todos os títulos estarão disponíveis gratuitamente na BibliON, a Biblioteca Digital Gratuita de São Paulo.
O primeiro encontro será em 13 de agosto, das 15h às 16h30, com o romance O céu para os bastardos, de Lilia Guerra. A obra apresenta a vida dos moradores da fictícia cidade Fim-do-mundo – descrita como uma “Macondo periférica” – conduzida pela cativante narradora Sá Narinha.
COMO PARTICIPAR
As vagas são limitadas. As inscrições devem ser feitas pela BibliON: https://biblion.odilo.us
Tutorial de cadastro: https://youtu.be/Q6FQk5JogZ8
Mais informações: https://biblion.org.br/perguntas-frequentes/
O Fartura Literária convida o público a explorar o poder transformador da leitura e a compartilhar reflexões em um ambiente acolhedor e inspirador. “Convidamos a todos que tiverem interesse em se aventurar pela leitura, compartilhando suas reflexões numa experiência coletiva”.
LILIA GUERRA

Escritora, mãe, esposa e filha, Lilia Guerra cresceu em uma família de matriarcas negras, onde aprendeu desde cedo o valor do cuidado – habilidade que transformou em profissão ao virar auxiliar de enfermagem. Atualmente, atua no SUS, em São Paulo. “Dizia à minha mãe que queria ser professora, mas a vida nos conduz por outros caminhos”, comenta.
Moradora de Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, Lilia vive na mesma casa há mais de 24 anos. Afirma que o cuidado com o próximo e com a comunidade surgiu de uma necessidade e sempre fez parte de sua vida de forma natural.
Grande parte de sua escrita é dedicada à avó, Dona Júlia, a quem cuidou na velhice. “Muito do que escrevo são conversas que gostaria de ter tido e não consegui. A principal delas é com minha avó. Passávamos muito tempo sozinhas e conversávamos bastante”, relata.