O prefeito de Timburi anunciou, nesta semana, o cancelamento da tradicional Festa da Pinga e do Peão de Boiadeiro (55ª Fespinga), que estava prevista para agosto de 2025. A decisão tem como objetivo preservar os recursos públicos e direcioná-los a áreas essenciais da administração municipal.
Segundo o prefeito Cristiano Amorim, a decisão foi necessária diante do cenário econômico herdado da gestão anterior. A Prefeitura enfrenta um volume significativo de dívidas, incluindo mais de R$ 3 milhões em restos a pagar e um precatório da Sabesp no valor de R$ 4 milhões.
“Quando assumi a gestão, encontramos uma administração com diversos problemas, inclusive financeiros. Agora, estamos trabalhando para equilibrar as finanças públicas, regularizar os pagamentos a fornecedores e garantir investimentos em áreas prioritárias como saúde, educação, infraestrutura urbana, estradas rurais e manutenção da frota de veículos”, afirmou.
Conforme estimativas da atual gestão, a realização da Fespinga exigiria um investimento mínimo de R$ 1,3 milhão dos cofres públicos – valor considerado elevado para um município de pequeno porte como Timburi. Além das dívidas, o orçamento municipal também é pressionado por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público neste ano, que determina a exoneração de servidores aposentados. A medida deve impactar ainda mais as finanças nos próximos meses.
“Festa a gente faz quando tem recurso sobrando. Primeiro as obrigações, depois as diversões”, destacou o prefeito em pronunciamento nas redes sociais. Ele reafirmou o compromisso com a responsabilidade fiscal, a qualidade dos serviços públicos e o pagamento em dia dos servidores municipais.
A decisão foi bem compreendida por grande parte da população, que reconhece o momento delicado das finanças municipais e apoia a prioridade dada ao equilíbrio fiscal e à gestão responsável dos recursos públicos.
