Confeitarias disseram que a demanda aumentou nos últimos 15 dias e registram filas de clientes em busca do bombom.

O bombom conhecido como “Morango do Amor” se tornou sensação nas últimas semanas e está transformando o dia a dia de confeitarias na Grande Vitória. Inspirado na tradicional maçã do amor, o doce é feito com morango, brigadeiro e uma crosta crocante. Com a alta demanda, algumas lojas deixaram de produzir outros doces e até fecharam temporariamente para focar exclusivamente na novidade.
Em Vila Velha, Milena Moreira, de 26 anos, dona de uma confeitaria no bairro Alecrim, viu a produção dobrar nos últimos 15 dias — de 400 para 800 unidades diárias. “Nesta terça, nem abri a loja para focar na produção de amanhã. Semana passada, nem o delivery eu consegui manter, só vendia direto no balcão. Está uma loucura!”, contou. Segundo ela, filas se formam na porta e a procura lembra uma “segunda Páscoa” para as confeiteiras.
Na Serra, Roberta Carolina Soares, de 38 anos, confeiteira há oito anos, também precisou alterar a rotina. Ela abriu a loja apenas no horário de almoço, dedicando o restante do dia à produção. “Hoje tinha gente sentada na porta esperando. Uma cliente chegou a deitar no chão para olhar pela porta abaixada e ver se eu ia abrir”, relatou. Desde o início da produção, na última sexta-feira (18), o doce — vendido a R$ 12 — tem saído rapidamente. “No sábado, vendi 30 em menos de 15 minutos. Ontem fiz 50, hoje já são 100, e estou pensando em aumentar mais”, completou.

Quem começou com isso?
Apesar do sucesso repentino, a confeiteira Milena Moreira afirma que o “Morango do Amor” não é exatamente uma novidade. “Existe há mais de cinco anos, pelo que eu saiba. Por que viralizou agora, eu não sei. Mas a beleza do produto, a crocância, as pessoas gravando, dando a mordida e fazendo o ‘crock’… com certeza isso ajudou muito na internet. É um doce muito bonito”, destacou.
Desde que começou a produzir o bombom há duas semanas, Milena estima que as vendas quadruplicaram em relação ao mês anterior. Ela oferece o doce em versões tradicionais – com brigadeiro branco ou de ninho e calda vermelha – e também em sabores como pistache e maracujá. Cada unidade é vendida a R$ 16, e ela já grava aulas para ensinar suas alunas a preparar o produto.
A confeiteira destaca que a qualidade do morango é essencial para o sucesso da receita. “Tem que ser grande e bonito, isso faz diferença. Estou deixando meu fornecedor doidinho”, brinca. Enquanto durar a procura, Milena pretende manter o doce em produção. “Se vai continuar no auge e por quanto tempo, não sabemos. Mas espero deixá-lo no cardápio, pelo menos alguns dias na semana”, finalizou.
FONTE G1