No sábado, 23, em Fartura, o vereador e presidente da Câmara, Fernando Emílio Bertoni (Pitukinha) – PTB foi detido acusado de ameaçar com um revólver a vereadora Nathália Geraldo – PSDB, com quem tem uma filha, e o prefeito Luciano Filé – PSDB após uma suposta traição, notícia que rapidamente percorreu a cidade e os demais municípios da região. Em Boletim de Ocorrência lavrado pela Delegacia Seccional de Avaré, no sábado, 23, consta que em questão de uma ocorrência anterior relatada pela vereadora Nathália, o edil Fernando Pitukinha a havia ameaçado de morte com uma arma de fogo, e assim, a ação deflagrada foi resultado do inquérito policial comandado pela delegada Jordana Rueda, titular da delegacia de Fartura, que investiga o acusado por porte ilegal de arma de fogo. Como parte do inquérito, e a pedido da delegada de Fartura, por volta das 8 horas do último sábado, 23, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), chefiada pelo delegado João Luiz, esteve na casa do casal, a fim de cumprir um mandato judicial de buscas, onde foi encontrado um revólver Taurus, calibre 38, com numeração ‘raspada’ e seis munições intactas, atrás de uma repartição no banco do passageiro do carro do vereador. O motivo da atitude de Pitukinha seria uma mensagem de WhatsApp enviada por Nathália para Filé escrito: “Me abandonou”, e que ele pôde ler todas as mensagens trocadas com o prefeito, mas, possivelmente, Pitukinha manteve seu foco nessa última, para tentar reverter a situação da conversa que teria com a vítima. Nathália afirma que o prefeito Luciano Filé, que é um amigo de longa data e que a amizade existe desde antes dela conhecer Fernando (Pitukinha). Segundo informações, na terça-feira, 18, dia que ocorreu a ameaça, Pitukinha, Nathália e Filé conversavam no carro do presidente da Câmara, quando ele mostrou o revólver para ambos e disse: “Eu devia dar um tiro na cabeça de vocês”. Ele mostrou a arma para ambos e o diálogo se encerrou. Pitukinha alegou em depoimento que estava sendo ameaçado há tempos e, por isso, teria comprado a arma para defesa pessoal. Mesmo morando junto e com uma filha ainda bebê, o casal não reconhece nas redes sociais a união. NOTA DA VEREADORA Logo após todo o destaque da notícia, em nota oficial, a vereadora Nathália deu sua versão e afirmou que tem apenas uma relação de amizade com o prefeito. “(…) Eu, Nathália Geraldo, venho por meio de minha assessoria jurídica manifestar-me sobre os boatos e publicações relacionados ao meu nome, esclarecendo que há uma medida protetiva em desfavor do vereador Pitukinha, tendo em vista a ameaça com arma de fogo, em contexto de violência doméstica, não tendo a situação nenhuma relação com traição ou envolvimento com o atual prefeito (…)”, publicou a vereadora. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA Perto de meio dia do domingo, 24, o presidente da Câmara de Fartura passou pela Audiência de Custódia, na Justiça da Comarca de Avaré, e, segundo o despacho da magistrada Roberta de Oliveira Ferreira Lima, da 2ª Vara Criminal, Fernando Emilio Bertoni foi posto em liberdade provisória, mas terá de cumprir uma série de requisitos se quiser continuar em liberdade, como não frequentar bares, prostíbulos, não pode se ausentar da cidade pelo período máximo de 8 horas e não pode sair às ruas a noite, sem que esteja a trabalho. Ainda, na Audiência de Custódia, o vereador Pitukinha teve estipulada uma fiança no valor de R$ 5 mil ainda responderá por quatro crimes: Violência Doméstica, Violência Psicológica Contra a Mulher, Ameaças de Morte e Posse Ilegal de Arma de Fogo, em liberdade. CÂMARA MUNICIPAL Até o fechamento dessa edição, na Câmara Municipal de Fartura não houve pedido de afastamento ou abertura de processo de cassação dos envolvidos, e segundo a assessoria jurídica da casa, a instituição Câmara não se manifesta em casos de foro íntimo ou de natureza pessoal das autoridades. Já sobre o retorno das sessões legislativas, que retornam em agosto, a Câmara estuda a determinação da justiça, pois existe pedido de uma medida protetiva que impõe afastamento, sem contato algum, entre Pitukinha e Nathália, enquanto na segunda-feira, 25, a delegada Jordana Rueda Amorim começou a ouvir as partes envolvidas no caso. A Redação do Jornal Sudoeste Paulista entrou em contato com as partes envolvidas, mas até o fechamento dessa edição não havia recebido resposta das partes, mas deixa a disposição o espaço para que possam dar sua versão dos fatos. O objetivo é manter a imparcialidade respeitando os envolvidos.