Na quarta-feira, 8, o prefeito de Timburi, Cristiano Amorim, acompanhado do vice-prefeito Luciano Giamarco, do contador Milton Morini e do novo coordenador de Saúde, Cristiano Rocha, apresentaram em coletiva de imprensa o Balanço Financeiro da Prefeitura.
Segundo Amorim, a finalidade foi expor a situação financeira do município, algumas medidas que terão que tomar no sentido de reorganizar a Prefeitura, garantir também o salário dos servidores, o atendimento na saúde, na educação, no social, na agricultura, nos vários setores.
O prefeito revelou uma situação financeira crítica, com apenas R$ 14 mil disponíveis em caixa e uma dívida milionária, enfatizando a necessidade de reorganização para garantir serviços essenciais e o pagamento de financiamento, apresentando os desafios, como infraestrutura deteriorada e falta de recursos para pagamento de dívidas e contratação de pessoal.
A situação financeira apresentada por Cristiano é agravada por dívidas significativas e falta de recursos, afetando serviços essenciais como saúde, manutenção de espaços públicos e tecnologia de comunicação, cortes de despesas para evitar riscos. Destaca ainda a importância do apoio dos vereadores e da população para buscar soluções e garantir atendimento básico, pedindo paciência e colaboração da comunidade e dos fornecedores durante este período crítico.
Para explicar melhor, convidou o contador Milton ao uso da palavra, o qual, em sua explanação, salientou que o município tem R$ 1.241.338,00 em recursos totais, mas apenas R$ 14.762,73 em recursos próprios, enquanto enfrenta despesas de R$ 2.378.251,88. Além disso, a Prefeitura possui uma dívida de R$ 4.149.803,41 com precatórios da Sabesp. O novo plano propõe pagamentos mensais de R$ 68 mil, totalizando cerca de R$ 850 mil anuais, além de custos de R$ 350 mil relacionados à demissão de funcionários.
Milton explicou que a arrecadação mensal do município gira em torno de R$ 2,6 milhões, mas parte desses recursos está vinculada às áreas como Educação (25%) e Saúde (15%), o que limita a utilização para outras despesas. A gestão terá dificuldades financeiras no primeiro ano e precisará trabalhar com orçamento limitado.
Amorim destacou desafios estruturais, como a precariedade da frota municipal, falta de peças e reparos urgentes em prédios públicos. Há dívidas significativas com instituições de saúde, como Santa Casa de Bernardino de Campos, Chavantes e Ourinhos. Ele pediu paciência e compreensão da população e fornecedores enquanto tenta renegociar as dívidas.
“Junto com o Milton, mapeamos todas as empresas, fornecedores que nós devemos, inclusive, pagamentos contabilizados no início de 2024, que não foram vários, medicamentos, laboratórios, enfim, que são excepcionais para nós. Pegamos uma dívida milionária, mas vamos estabelecer contato com todos os fornecedores, os quais serão pagos conforme nossa disponibilidade”.
Continuando, disse que “vamos conversar com cada um desses setores, fazer uma nova renegociação, é o compromisso dessa gestão, um desafio enorme, que muitas vezes nós não sabemos nem como começar, pelo fato que precisamos de funcionários, de materiais, atender a população, mas com essa dívida nós não conseguiremos fazer muitas coisas nesse momento, mas vamos resolver tudo que for possível o mais breve”.
O secretário de Saúde, Cristiano Rocha, relatou a falta de insumos básicos, medicamentos essenciais e recursos nas unidades de saúde. Ele afirmou que a Farmácia Municipal não tem itens básicos como antibióticos básicos, remédios para hipertensão e diabetes, mas garantiu que esforços estão sendo feitos para regularizar a situação.
“Medicamentos que são extremamente importantes, que são de usos contínuos, nós não temos na nossa unidade e, infelizmente, é uma semana muito difícil porque a farmácia não consegue ofertar o básico para o atendimento, medicamentos que as pessoas usam e não tem”, frisou, afirmando que vão honrar com os compromissos.
Encerrando a coletiva, Amorim disse que haverá situações que vão conseguir resolver, mas terão situações, infelizmente, que não conseguirão, por isso precisará muito do apoio dos funcionários municipais e destacou a importância de medidas de economia para ajustar as finanças. “Garantimos que, segundo a equipe de contabilidade, não haja risco de atraso no pagamento dos servidores e reafirmamos o compromisso da gestão com trabalho, honestidade e seriedade para superar os desafios enfrentados pelo município”, concluiu.
