Uma operação da Polícia Civil de Presidente Prudente realizada em três estados e em vários municípios paulistas, chamou a atenção de muitos leitores pelo fato de que algumas cidades da região estariam envolvidos. Mas para checar o caso, a equipe de reportagem do Portal do Sudoeste Paulista teve de realizar um trabalho moroso e meticuloso para conseguir falar com a autoridade responsável.
Após inúmeros contatos, a reportagem chegou até o delegado Dr. Carlos Henrique Gasques, um dos responsáveis pelas investigações e pela operação realizada nesta terça-feira, 26.
Dr. Carlos Gasques, que gentilmente concedeu entrevista exclusiva ao Portal, confirmou que houve ações em Fartura, Taquarituba, Itaberá e Itapeva, além dos vizinhos Santa Cruz do Rio Pardo e Ipaussu.
Em Fartura, um homem de 47 anos, conhecido como Magrinho, foi preso e uma mulher, D.O., de 39 anos, foi indiciada e se tornou réu no inquérito policial.
Em Itapeva, os policiais envolvidos na “Operação Falsus”, realizaram buscas em uma cerealista, localizada no centro da cidade.
Em Taquarituba, buscas foram feitas na residência de um empresário cerealista.
Em Itaberá, uma cerealista e duas residências de empresários foram alvos.
Nas vizinhas Santa Cruz Rio Pardo e Ipaussu, a operação visou empresas e residências de empresários ligados ao mercado de grãos.
Todos os envolvidos e suspeitos, que formam uma grande organização criminosa, conforme disse o delegado, são investigados por furto, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e participação em organização criminosa.
Com o resultado dessa que foi a segunda fase da “Operação Falsus”, Dr. Carlos Henrique Gasques, disse que agora começa a próxima fase da investigação que atinge a grande organização que atua em três estados do país.
A Operação Falsus
A Polícia Civil cumpriu 35 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão contra uma enorme quadrilha especializada no “golpe do falso frete” e lavagem de dinheiro, nesta terça-feira (26).
A operação contou com pelo menos 150 policiais, empenhados no cumprimento das ordens judiciais nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.
De acordo com a Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública, entre os investigados estão duas advogadas que moram na cidade de Assis, no interior paulista, suspeitas de integrarem a organização criminosa, colaborando principalmente com a lavagem de dinheiro.
Os investigadores descobriram que a quadrilha cadastrava motoristas e caminhões em uma plataforma online de frete e, em posse da carga, geralmente de grãos, simulavam que os veículos, juntamente com as mercadorias, tivessem sido roubados nas estradas. Posteriormente, os envolvidos apresentavam um boletim de ocorrência falso às vítimas e encaminhava as cargas para empresas receptadoras.
No total, 4 empresas e 19 pessoas foram identificadas e agora respondem criminalmente por furto qualificado pela fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Fonte: Portal do Sudoeste Paulista
