Jornal Sudoeste Paulista

Escolas cívico-militares: Governador Ratinho Jr. solicita prisão de Presidenta do Sindicato de Professores

Professora Walkiria Mazeto, presidente da APP-Sindicato, que representa os professores das escolas estaduais do Paraná. Foto: Reprodução/Redes Sociais

No estado do Paraná, Ratinho Júnior do (PSD-PR) e o Sindicato dos Professores do Estado do Paraná (APP-Sindicato) levaram a discussão sobre as escolas cívico-militares a um novo patamar, com o pedido de prisão da presidente do sindicato, a professora Walkiria Olegário Mazeto, pela Procuradoria Geral do Estado do Paraná. A medida judicial foi tomada sob a alegação de que a professora teria descumprido uma ordem judicial ao convocar uma greve em resposta à proposta de privatização das escolas públicas paranaenses.

Walkiria Mazeto, educadora e líder sindical, possui vasta experiência na defesa dos direitos dos trabalhadores da educação. Com formação em geografia e mestrado em Educação pela UFPR, sua atuação abrangeu direção escolar, sindicalismo na APP, e engajamento em movimentos como a Marcha Mundial das Mulheres e o Fórum Paranaense de Direitos Humanos. Como presidente da APP-Sindicato, sua liderança assertiva e comprometimento destacam-se na luta pela valorização profissional e qualidade educacional.

A controvérsia teve início quando o governo de Ratinho Júnior propôs uma legislação que permitiria a terceirização da administração das escolas estaduais. A medida, que foi aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na última segunda-feira (3), desencadeou uma onda de protestos por parte de professores e estudantes. Milhares de manifestantes marcharam pelas ruas e adentraram o parlamento em uma tentativa de expressar sua oposição à iniciativa do governo.

O Sindicato dos Professores, por meio da APP-Sindicato, foi uma das principais forças mobilizadoras por trás da paralisação. A greve foi vista como uma forma de resistência à proposta de privatização, que muitos temem que possa comprometer a qualidade e o acesso à educação pública no estado.

No entanto, em resposta à mobilização e à greve, a Procuradoria Geral do Estado optou por um curso de ação mais agressivo, solicitando a prisão da presidente do sindicato. A justificativa por trás desse pedido é o suposto descumprimento de uma ordem judicial relacionada à convocação da greve.

O APP-Sindicato, por sua vez, emitiu uma nota oficial contestando a alegação do governo. Eles afirmam que a proposição do governo para privatização das escolas públicas não possui “fundamento legal” e que a greve é uma forma legítima de protesto contra uma medida que consideram prejudicial à educação do Paraná.

Já em Fartura, o Professor Alex Campos em entrevista na rádio JNV em trecho disse: “quem tem que cuidar da educação, é quem é da área da educação, se for para cuidar da segurança das escolas, tem meu aval”

É importante destacar que o Estado do Paraná compartilha uma fronteira próxima com Fartura, estamos conectados por uma ponte. Neste cenário, as vozes dos educadores devem se fazer ouvir. A afirmação do Professor Alex Campos sobre a necessidade de envolvimento dos profissionais da educação na gestão das escolas ressoa de maneira significativa sobre a situação que nosso estado vizinho enfrenta.

Por: Marilia Silva
MTB: 0096209/SP
Jornalista e Ativista

 

Após derrota no plenário, APP-Sindicato anuncia continuidade da greve da educação por tempo indeterminado. Foto: Valdir Amaral/ALEP

 

Walkiria Olegário Mazeto, professora e presidenta da APP-Sindicato, vem tirando o sono do governador Ratinho Junior. Foto: divulgação/APP