Na recente política municipal de Itaporanga, um desfecho dramático marcou a trajetória do prefeito Douglas Benini. Após uma sessão extraordinária da Câmara Municipal, realizada na noite de ontem, em 26 de abril de 2024, os vereadores decidiram pela cassação do mandato do prefeito, sob alegações de irregularidades administrativas.
O episódio começou a ganhar destaque com a convocação da 2ª Sessão Extraordinária do ano, que tratou dos trabalhos realizados nos últimos 90 dias pela Comissão Processante. Essa comissão foi responsável por investigar denúncias de grande endividamento da Prefeitura em 2023, bem como o suposto desvio de pagamentos de terceiros destinados ao erário público, por meio do setor de Esportes.
Durante a sessão, o então prefeito Douglas Benini enfrentou as acusações acompanhado de seu advogado. O relatório da Comissão Processante foi minuciosamente apresentado, seguido pela defesa do acusado e as considerações finais. O ambiente estava tenso, com a presença de um grande público, tanto no Plenário quanto através da transmissão ao vivo pelo Youtube, evidenciando o interesse da população no desenrolar dos acontecimentos.
Após os discursos dos vereadores, o momento decisivo chegou. A votação para a cassação do prefeito exigia dois terços dos votos, ou seja, 6 votos dos 9 vereadores. O placar final foi de 6 a 3, atendendo ao necessário para a remoção de Douglas Benini do cargo.
Como o vice-prefeito havia falecido em 2022, a posse do cargo de prefeito foi automaticamente concedida ao presidente da Câmara Municipal, Fábio Bruno Gurgel Benini, do PSB. Em uma rápida sessão solene, Fábio Benini assumiu o comando da cidade, expressando compromisso e determinação para superar os desafios.
Em seu primeiro discurso como prefeito, Fábio Benini destacou a importância da honestidade e do amor pela cidade, enfatizando o apoio da Câmara para enfrentar os obstáculos que se apresentam.
Para preencher a vaga deixada pelo novo prefeito na Câmara, o suplente Elias Lagos Alves será convocado, desde que não haja impedimentos legais contra ele.
É importante ressaltar que, mesmo após a cassação, o prefeito Douglas Benini ainda tem o direito de recorrer ao poder judiciário. No entanto, caso não consiga reverter a decisão, ficará inelegível por 8 anos, conforme previsto na legislação vigente.