Jornal Sudoeste Paulista

Governo revoga proibição de acompanhantes terapêuticos em escolas

LUCELMO LACERDA – RETRATO DE PERFIL PROFISSIONAL – FERNANDO CAPELLATO FOTOGRAFIA – ESTUDIO DA CIDADE

Abril Azul tem vitória na inclusão

O JSP buscou a opinião do Dr. e ativista Lucelmo Lacerda sobre os direitos das crianças autistas. Segundo ele, o acesso à educação inclusiva para crianças com necessidades especiais é um direito fundamental que tem sido amplamente discutido e disputado em diferentes setores da sociedade. Recentemente, uma decisão do governo estadual, liderado por Tarcísio (REPUBLICANOS), trouxe alívio e esperança para muitas famílias que enfrentavam desafios na busca por uma educação de qualidade para seus filhos.

A revogação da proibição da entrada de acompanhantes terapêuticos nas escolas representa um marco significativo na luta pela inclusão educacional. Esta proibição, que vinha sendo imposta em diversos municípios, gerava desconforto e insatisfação entre pais e responsáveis, levando muitos deles a recorrerem à judicialização da questão. A falta de uma política uniforme resultava em decisões arbitrárias por parte das escolas, criando um ambiente de incerteza e injustiça para as famílias e seus filhos.

O novo decreto estabelece uma regra clara que elimina essa proibição, permitindo que crianças que necessitam de acompanhamento terapêutico tenham acesso garantido à educação. É importante ressaltar que a medida não exime as escolas de sua responsabilidade em providenciar acompanhantes quando comprovada a necessidade, como reforçado no documento emitido pelo governo. Esta é uma vitória crucial para as famílias e para a causa da inclusão, destacando o compromisso do Estado em garantir que todos os alunos tenham oportunidades iguais de aprendizado e desenvolvimento.

É importante também desmistificar o discurso equivocado de que a responsabilidade pelo acompanhamento terapêutico recai exclusivamente sobre as famílias. O decreto não apenas reconhece a importância desse suporte, mas também estabelece que a escola deve fornecê-lo quando necessário, preenchendo uma lacuna que muitas vezes tem sido negligenciada.

Lacerda enfatiza que esta medida é uma conquista não apenas para uma pequena porção de estudantes, mas para toda a comunidade escolar. Ele ressalta que a luta pela inclusão não se limita a uma questão de números, mas sim de garantir os direitos e a dignidade de cada aluno, independentemente de suas necessidades especiais.

Portanto, a revogação da proibição da entrada de acompanhantes terapêuticos nas escolas é mais do que uma simples mudança de política – é um passo importante na direção de uma educação verdadeiramente inclusiva e acessível a todos.

Por: Marília S. Milani – Jornalista e Ativista
DRT: 0096209/SP