Uma celebração da cultura e resistência Afro-Brasileira
No último domingo (21), a Praça 9 de julho, foi palco de um evento vibrante: o Encontro de Maracatu “Baque das Águas”. O grupo composto atualmente por: Caio Emílio, Carla Cândido, Fabiana Basile, Leticia Palma, Yasmin Silva, Helô Geremias, Ana Clara Alves, Jessica Etore, Douglas Ribeiro, Amanda Guerra, Lucca Gabriel, Cleiton Ferraz e Vinicius Blanco, ganhou vida através da Lei Paulo Gustavo, na modalidade audiovisual, que possibilitou a produção de um emocionante mini documentário do encontro. O objetivo principal? Difundir o maracatu como uma expressão vital da cultura popular de matriz africana, proporcionando visibilidade e reconhecimento a essa forma de arte tão poderosa, de acordo com Fabiana Basile.
O grupo de maracatu Baque das Águas, originário de Fartura, é um exemplo vivo de resiliência e paixão pela tradição. Operando sem apoio financeiro do poder público ou privado, esses dedicados artistas resistem na determinação de manter viva a chama do maracatu, compartilhando-o com suas comunidades e além.
Além dos ensaios regulares, o Baque das Águas tem grandes planos para o futuro. Um dos principais projetos é levar seus ensaios diretamente às comunidades, oferecendo o maracatu como uma fonte de cultura e como uma ferramenta para abordar questões sociais urgentes. Através de projetos sociais envolvendo crianças e adolescentes, o grupo pretende não apenas transmitir os ritmos e tradições do maracatu, mas também promover o desenvolvimento pessoal e comunitário.
Este compromisso vai além da música e dança. O Baque das Águas busca valorizar e preservar a cultura afro-brasileira, resistindo ao constante apagamento dessa herança histórica. O próprio nome do grupo, que faz referência às águas abundantes da região, reflete esse compromisso. Além de celebrar a riqueza cultural do povo preto, o grupo também se dedica ao diálogo e engajamento em questões socioambientais, especialmente relacionadas à proteção das águas e rios locais.
Com membros vindos tanto de Fartura quanto de Piraju e Jacarezinho, cidades marcadas pela presença e importância das águas, o Baque das Águas não apenas celebra a música e dança, mas também busca ativamente proteger e preservar os recursos naturais que definem essa rica região.
Para aqueles interessados em se juntar a este movimento cultural e socialmente significativo, o Baque das Águas está de braços abertos. Para mais informações sobre ensaios e participação em futuros projetos, entre em contato através do perfil @baque.das.aguas nas redes sociais. Junte-se e faça parte desta resistência e transformação através da cultura afro-brasileira e do poder das águas.
Por: Marília S. Milani – Jornalista e Ativista
DRT: 0096209\SP