O Brasil enfrenta a entrada na 17ª semana do ano, o período que historicamente registra o maior número de casos das enfermidades, que incluem além da dengue, a zica e a chikungunya.
De acordo com dados compilados ao longo da última década, as semanas entre a 15ª e a 18ª concentram uma alta incidência dessas doenças, impulsionada por variáveis sazonais. No entanto, os números atuais podem ainda não refletir completamente a realidade, já que a notificação de casos demanda tempo. É plausível esperar que os recordes recentemente batidos possam ser superados nos próximos dias, indicando uma possível escalada na crise sanitária.
A dengue, em particular, tem sido objeto de grande preocupação, devido à sua propagação rápida e impacto significativo na saúde pública. Os sintomas variam de febre alta, dor atras dos olhos, musculares, articulares e complicações graves, como hemorragias e choque hemorrágico, podendo levar à morte em casos extremos. A gravidade da situação se complementa pela coexistência de outras doenças transmitidas pelo mesmo vetor, ampliando os desafios enfrentados pelas autoridades de saúde.
Embora medidas de controle e prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito, campanhas de conscientização e nebulização sanitária, sejam implementadas regularmente, a persistência da epidemia destaca a necessidade de uma abordagem mais abrangente e coordenada. Investimentos em infraestrutura de saúde, pesquisa de novas estratégias de combate ao vetor e engajamento da população são aspectos cruciais para conter a propagação dessas doenças e mitigar seus impactos.
Além disso, a mudança climática e fatores socioeconômicos podem estar contribuindo para a intensificação e expansão dessas epidemias, exigindo uma resposta adaptativa por parte das autoridades brasileiras., sendo a mobilização de recursos, expertise e esforços multidisciplinares fundamentais para mitigar os efeitos devastadores dessas enfermidades que impactam predominantemente a população vulnerável.
Por: Marília S. Milani
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