Jornal Sudoeste Paulista

Vereadores pedem por medidas após agressão de Pitukinha à Nathalia

Os vereadores Anderson Luiz Cassiano de Lima e Bruno Guazzelli Durço, ambos em exercício na Câmara Municipal de Fartura, solicitaram medidas para garantir a segurança e proteção da vereadora Nathália da Silva Geraldo após uma recente agressão doméstica cometida pelo também vereador Fernando Emilio Bertoni (Pitukinha).

Segundo o relato da vítima, Fernando Bertoni ameaçou sua vida durante uma visita à filha em comum do casal, fazendo uso da criança para essa finalidade, configurando violência psicológica. Esta ameaça seria resultado da recusa de Nathália em retirar formalmente as acusações decorrentes da primeira agressão doméstica cometida por Fernando Bertoni com uma arma de fogo. Nathália registrou um boletim de ocorrência e obteve uma medida protetiva após a reincidência da agressão em menos de 48 horas.

A situação se agravou quando a Câmara Municipal realizaria uma sessão ordinária na segunda-feira seguinte. Nathália informou o presidente da Casa sobre os acontecimentos e solicitou que, por questão de segurança, Fernando Bertoni não participasse da sessão. No entanto, o vereador se recusou a sair do prédio sede da Câmara, resultando em um impasse de mais de uma hora e meia, durante o qual ambos permaneceram no mesmo prédio, mas em locais separados. O estresse e sofrimento da vítima foram evidentes, levando-a a se emocionar e chorar durante uma reunião com os demais vereadores em plenário.

Diante desse impasse, o presidente da Câmara, Alexandre Buranello, tomou uma decisão inédita na história do órgão ao suspender a sessão e remarcá-la para o próximo dia 9. A insistência de Fernando Bertoni em participar de um ato na presença da vítima, mesmo ciente de seu estado emocional abalado, foi considerada uma agressão adicional a Nathália e causou constrangimento desnecessário.

Os vereadores destacaram a gravidade da situação, argumentando que a postura do vereador agressor demonstra seu total descompromisso com as regras legais relacionadas à proteção de vítimas de violência doméstica. Eles também alertaram para o mau exemplo dado publicamente para a sociedade de Fartura.

Todas essas informações se tornaram públicas e foram debatidas nos meios de imprensa da cidade. Além disso, está em jogo não apenas o interesse particular da vítima, mas também o interesse público em permitir que um agressor reincidente continue exercendo a função de vereador.

Após expor os fatos, questionaram a coordenadora municipal dos Direitos da Mulher, Sandy da Silva Reis, sobre as medidas que serão adotadas para respaldar a vítima, garantir sua integridade física e emocional, e responsabilizar o agressor.

Fica claro que a atenção sobre esse caso está crescendo na cidade de Fartura, e a comunidade aguarda as próximas ações a serem tomadas pelas autoridades competentes para garantir a justiça e a segurança das vítimas de violência doméstica.

A coordenadora Sandy deverá avaliar e tomar medidas adequadas diante desse pedido dos vereadores Anderson Lima e Bruno Guazzelli, garantindo que a vítima receba o apoio necessário e que o agressor seja responsabilizado conforme a lei.