Jornal Sudoeste Paulista

Em Fartura, Bebê Noah precisa da sua ajuda!

Em uma emocionante demonstração de solidariedade e compaixão, em Fartura as pessoas estão se unindo para fazer a diferença na vida do bebê Noah, que enfrenta desafios únicos. A história desse bebê tem tocado os corações de muitos, e a generosidade daqueles que se importam está brilhando como um farol de esperança.

O JS Paulista entrevistou alguns voluntários e doadores, e muitos deles teceram comentários emocionantes sobre o que lhes motivou a ajudar, dentre eles, está Elizangela, salientando que “desde que soubemos da situação do bebê, sentimos que era nosso dever agir. Foi quando eu tive a ideia de fazer meus bordados para angariar uma rifa, com o intuito apenas de ajudar nos custos alimentares da mãe no hospital, mas a comunidade e Deus nos deram em dobro e hoje já são mais de duas mil rifas vendidas”, conta com emoção.

Em entrevista inédita com a mãe Elizamara Cristiane de Oliveira Cunha, a emoção aflorou com toda a trajetória dessa família que unida tem transformado os dias de Noah em esperança e reconstrução.

JSP – Como você se sentiu ao descobrir que seu bebê nasceu com a Síndrome do Intestino Curto?

Elizamara – Meu mundo caiu no momento em que os médicos falaram que assim que ele nascesse iria para o centro cirúrgico, pois tinha duas bolhas no intestino, o que levava a crer que tinha uma atresia, mas não foi bem assim, o que era pra ser uma cirurgia “simples” passou a ser uma cirurgia de grande porte, pois o intestino dele havia dado um volvo e já estava necrosado sendo necessária a retirada de mais de 90% do intestino delgado.

JSP – Pode nos explicar um pouco sobre o que é a Síndrome do Intestino Curto e como ela afeta a saúde do seu bebê?

Elizamara – A Síndrome do Intestino Curto com falência intestinal (SIC-FI) é altamente complexa, debilitante e com risco de vida, envolvendo a falência do intestino, e na qual os doentes são incapazes de absorver nutrientes e líquidos suficientes, causando diarreia e desnutrição, por isso a necessidade de se alimentar pela veia.

JSP – Quais foram os primeiros desafios que você enfrentou após o diagnóstico da Síndrome do Intestino Curto?

Elizamara – A luta dele pela vida, pois depois da primeira cirurgia, com apenas um dia teve complicações e teve que ser submetido novamente a outra cirurgia, depois, com apenas uma semana de vida e ainda sem se recuperar, precisava novamente ir para o centro cirúrgico para sua terceira cirurgia porque sua barriguinha estava distendida e ele com muita dor.

Esse foi um dos piores dias que nós passamos, pois os médicos falaram que ele estava muito debilitado ainda para passar por outra cirurgia, mas era necessário, só me lembro de que nesse momento entreguei a vida dele nas mãos de Deus, com onze dias fez a cirurgia e graças a Deus deu tudo certo e ele colocou uma bolsinha de ileostomia.

JSP – Como a SIC impactou a rotina diária e os cuidados necessários para o seu bebê?

Elizamara – A nossa rotina mudou totalmente porque durante os primeiros 28 dias ele ficou internado na UTI neonatal, e desde então eu praticamente moro com ele no hospital, os cuidados que ele precisa é com cateter, porque há um risco muito grande de infecção, e ele se alimenta por ele.

JSP – Quais são os tratamentos ou terapias que seu bebê precisa para lidar com a Síndrome do Intestino Curto?

Elizamara – O que ele precisa é a nutrição parenteral domiciliar e acompanhamento médico, que será feito no Hospital Menino Jesus em SP.

6- Como você tem lidado emocionalmente com essa situação desafiadora?

Elizamara – Não tem sido fácil, mas Deus tem me sustentado e com apoio de todos parentes e amigos a gente vai seguindo.

JSP – Que tipo de apoio médico e familiar você tem recebido desde que seu bebê foi diagnosticado com SIC?

Elizamara – Ele é acompanhado pela equipe da gastropediatria da Unesp, um pessoal que eu só tenho que agradecer pela atenção e cuidado dado a ele, Noah está bem graças à dedicação de cada um dos enfermeiros e médicos que estão sempre atentos a qualquer sinal de que algo possa estar errado. E a minha família sempre cuidando dos meus filhos, dando todo o suporte que precisamos, minha mãe que reveza comigo pra que eu possa ir pra casa.

JSP – Você poderia compartilhar alguns momentos ou progressos positivos que seu bebê alcançou durante essa jornada?

Elizamara – Antes ele ficava 24 horas ligado na bomba de alimentação, agora já fica somente 17 horas, seu desenvolvimento motor e neurológico está normal, está ganhando peso, super ativo.

JSP – Como a comunidade e amigos próximos têm reagido à notícia e como eles estão apoiando você e seu bebê?

Elizamara – Não tenho nem palavras pra agradecer por tantas pessoas que estão se mobilizando pra ajudar com fraldas, alimentos, materiais, financeiramente com doações, e com muita oração e positividade. Gratidão!

JSP – Quais são seus planos e esperanças para o futuro, considerando as necessidades especiais do seu bebê devido à Síndrome do Intestino Curto?

Elizamara – Uma coisa que aprendi nesse tempo de internação é viver o hoje, um dia de cada vez e agradecer por tudo, desde as coisas mais simples, agora a esperança que tenho é de ir logo pra casa e tentar dar a ele uma vida o mais próximo do normal tendo o carinho dos irmãos, da família e amigos.

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A equipe do Jornal Sudoeste Paulista se solidariza com a situação de Noah, e com o intuito de ajudar essa família, pedimos a todos que façam suas doações, de qualquer valor, para ajudar essa família a construir um quarto adaptado para seu bebê voltar para casa, e também para encontrar recursos, como médicos, psicólogos e especialistas que agreguem nos cuidados da saúde física e emocional de cada um, pois um momento tão delicado como esse, necessita de todo o suporte possível.

CHAVE PIX: 605.326.238-27

Noah Emanuel Oliveira Cunha

Caixa Econômica Federal

Endereço da Família para doações: Sitio Santo Antônio – Pinheirinho – Antigo Bicó

Telefone (Elizangela): (14) 9 9611 9478