Jornal Sudoeste Paulista

Mãe da menina Yasmim, morta em Sarutaiá, é presa pela polícia

Na manhã de quarta-feira, 26, a Polícia Militar prendeu Josiele de Souza Almeida, a mãe da menina Yasmim, vítima de um crime ocorrido no dia 9 de abril em Sarutaiá, a qual teria acobertado crimes para proteger Vinicius Luiz dos Santos, padrasto de Yasmim de Souza Carvalho, de 13 anos.

A prisão após um intenso trabalho investigativo conduzido pela delegada Jordana, que reuniu as provas e encaminhou ao judiciário solicitando a prisão da mulher. O pedido da delegada foi acatado pelo juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que expediu o mandado de prisão. A mulher foi encontrada na casa de familiares em Tejupá e encaminhada para um presídio feminino. O padrasto da menina já estava preso pelo crime.

O CASO

O assassinato da menina Yasmim chocou a cidade de Sarutaiá e toda a região, e embora tenha havido as prisões, o caso segue sendo investigado pela polícia, que trabalha para esclarecer todos os detalhes do crime e garantir que a justiça seja feita.

Conforme a representação feita pelo Ministério Público ao Poder Judiciário, Yasmim de Souza Carvalho foi assassinada para “garantir impunidade”, e o crime foi cometido na frente da mãe e dos dois irmãos mais novos dela. No entanto, apesar de testemunhar o episódio, Josiele levou a filha ao pronto-socorro de Piraju e afirmou que a menina havia caído do telhado.

“A mãe alegou que Yasmim havia caído do telhado, mas os machucados no corpo da menina apontavam outra coisa. Os médicos perceberam que ela foi agredida com um pedaço de madeira. Foi então que a mãe acabou contando que a filha era agredida e abusada pelo padrasto”, relatou na época a delegada responsável pelo caso, Jordana Amorim.

Após o relato da mãe, policiais civis e militares encontraram Vinicius Luiz dos Santos tentando fugir da cidade. Em depoimento, ele confessou a autoria das agressões e afirmou que abusava sexualmente da adolescente. “O autor acabou confessando no interrogatório dele que mantinha relações sexuais com a enteada”, explicou a delegada, que pediu a prisão preventiva do padrasto.

Ao g1, a Polícia Civil informou que o casal passou a responder pelos crimes de estupro e homicídio no contexto de violência doméstica, e consta ainda na denúncia do MP-SP, que o promotor incluiu outras cinco qualificadoras: meio cruel, recurso que impediu defesa da vítima, crime cometido para assegurar a impunidade e crime contra mulher e menor de 14 anos.

DENÚNCIAS DE ABUSOS

A delegada responsável pelas investigações informou ainda ao g1 que o caso de Yasmin era acompanhado pelo Conselho Tutelar do município. “(…) tinham marcado com a psicóloga, após denúncia [anônima] de abuso e agressão”, disse. Apesar da denúncia, o atendimento psicológico à garota não chegou a ser agendado, segundo Jordana. O g1 tentou contato com o Conselho Tutelar de Sarutaiá, mas não obteve respostas.