Um fator que tem preocupado farturenses e outros usuários daquele meio de transporte, o encerramento do serviço de balsas tem prejudicado moradores e comerciantes entre Fartura, Barão de Antonina e Itaporanga, pois desde março de 2022, as duas balsas que ligavam os municípios de Fartura a Barão de Antonina, pelo bairro Triunfo e a de Itaporanga pelo bairro Taquara Branca pararam de funcionar, deixando desamparados centenas de moradores da região que margeia a Represa de Xavantes, além de muitos comerciantes e agropecuaristas.
De acordo com as informações do Portal Sudoeste Paulista, dentre os afetados, certamente os menos abastados são os que mais sofrem, como no caso de uma leitora e moradora num bairro rural do município de Barão de Antonina, citando que para ela, o fim do serviço é um descaso à população e conta seu problema. “Eu mesma nunca andei de barco, tenho pavor, mas tive de enfrentar o medo para poder ver minha mãe que está doente”. Dona Nadir fez imagens mostrando sua travessia a barco e a balsa, a qual ela descreve como “abandonada no tempo e enferrujando”.
Segundo informações, para os antigos usuários, as balsas estão abandonadas, mas para a Prefeitura de Fartura, responsável pelas duas embarcações, é diferente o termo, elas foram desativadas, e a informação é que o município de Fartura que não possui mais interesse em mantê-las em funcionamento devido aos altos custos com manutenção, combustível e folha de pagamento dos servidores lotados nas embarcações, somando-se também a baixa arrecadação com as tarifas de travessia.
Entretanto, no dia 21 de março de 2022, quando o serviço foi paralisado, uma ação da Promotoria de Justiça, relatando irregularidades nas embarcações, foi apontada com a causa da paralisação do serviço e, segundo a prefeitura, na época, a representação gerou uma autuação (multa), mas não forneceu os motivos.
A redação do Portal do Sudoeste Paulista obteve a informação de que o prefeito Luciano Filé propôs, formalmente, em novembro de 2022, a doação das balsas aos municípios de Itaporanga e de Barão de Antonina, tendo em vista que a maioria dos usuários são residentes dessas cidades, se colocando, ainda, à disposição para uma eventual parceria com os dois vizinhos para manter o funcionamento das embarcações, no entanto, diz que não obteve resposta alguma, motivo pelo qual as embarcações foram desativadas definitivamente.
