Depois de audiência que ocorreu na terça-feira, 18, no Fórum de Fartura, o casal acusado de assassinar a facadas o motorista de aplicativo Anderson Rosseto, em e esconder o corpo em um açude, na região rural de Taguaí (SP), foi condenado pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Gustavo Henrique Antunes Ferreira Machado deverá cumprir 46 anos de prisão, em regime fechado. Já a companheira dele, Maria Luiza Zanardi Leite, foi condenada a 36 anos de prisão, segundo informações do G1 de Itapetininga e Região. O G1 tentou entrar em contato com a defesa dos réus, mas não conseguiu até a publicação desta reportagem. Já o advogado de defesa da vítima afirmou que “apesar da dor do luto, a família de Anderson está um pouco mais aliviada com a condenação”.
O CASO
O crime foi registrado no dia 29 de março de 2022, depois que um produtor rural encontrou o corpo de Anderson Carlos Rosseto, seminu, boiando na água e com marcas de facadas. Nas proximidades, os policiais também identificaram rastros de pneus e pegadas.
Conforme o registro policial, o carro do motorista foi achado estacionado em um barracão da propriedade e equipes policiais começaram a ouvir moradores da região. Entre as testemunhas, Maria Luiza confessou ter ajudado a esconder o corpo e apontou o companheiro, de 25 anos, como autor do crime.
Na época, a jovem alegou ter sido obrigada a participar da ocultação do cadáver. No entanto, por meio da investigação, policiais descobriram que ela também contribuiu para o planejamento e assassinato e, segundo a investigação, após se desfazer do corpo, a dupla estacionou o carro da vítima em um barracão.
“A perícia encontrou marcas de pneus compatíveis com os pneus do automóvel, além de pegadas de calçados semelhantes com o solado de dois pares de tênis (um feminino e outro masculino) encontrados na residência do casal”, afirmou à polícia. Na época, a Polícia Civil informou também que “o casal negou o crime, porém, ‘as versões apresentadas por testemunhas e as evidências obtidas no local dos fatos foram suficientes para incriminá-los”.
Em nota, a defesa da vítima ressaltou que os suspeitos foram ‘extremamente frios e premeditaram o crime, pois armaram uma emboscada esperando Anderson’. Disse ainda que a vítima era cadeirante e não teve chances de se defender.