Na noite de segunda-feira, 8, durante sessão camarária, além de outras proposituras, os vereadores de Fartura acataram uma denúncia apresentada por munícipes, aprovando-a por 5 votos a 4, instaurando uma Comissão Processante para apurar a quebra de decoro contra o vereador e presidente da Câmara, Fernando Emilio Bertoni – Pitukinha (PTB).
A sessão foi presidida pelo primeiro secretário, João Buranello, e a votação foi por maioria simples, ou seja, para ser aceita, seriam necessários cinco votos favoráveis. Ainda na ocasião, para substituir a vereadora Nathália, foi convocado o primeiro suplente, Conrado Benato. Já para substituir Pitukinha, foi convocado o segundo suplente, Antônio Mulinha, uma vez que, pelo entendimento do Tribunal de Justiça, não se pode convocar Paulinho Gabriel (PTB), primeiro suplente do edil denunciado, visto ter interesse, pois ocuparia o cargo de vereador em se oficializando a cassação.
COMISSÃO PROCESSANTE – Acatada a denúncia, a comissão que irá apurar os fatos, investigando o vereador e presidente da Câmara, será integrada pelos vereadores Henrique Augusto Abuchain como presidente, Anderson Luiz Cassiano de Lima como relator e Décio Martins de Freitas como membro.
Na votação, os vereadores Anderson Lima, Bruno Guazzelli, Decinho Martins, Marquinho Baiano e o suplente Toninho Mulinha votaram a favor da comissão. Já os edis João Buranello, Henrique Abuchain, Filipe Dognani e o suplente Conrado Benato votaram contra a denúncia e pedido de cassação do vereador Pitukinha.
MANIFESTAÇÕES – Durante sua colocação o presidente da Comissão de Ética que analisou a denúncia antes de ser apresentada no plenário, Henrique Abuchain, justificou seu voto, que seria pelo arquivamento, dizendo que havia “pressentido algo estranho, e como duas denúncias foram apresentadas, uma acabou sendo retirada e a outra foi complementada”. Disse que não se sentiu confiante em prosseguir com a apuração dos fatos registrados em Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia de Fartura.
Já o primeiro secretário, vereador João Buranello, comentou que outros casos envolvendo vereadores da oposição foram arquivados, porém, reivindicaria o mesmo procedimento. Acrescentou ainda que uma denúncia foi retirada porque a representante, supostamente teria recebido dinheiro e se arrependido com a repercussão. Por isso, optou em votar pelo arquivamento do processo.
Os vereadores Bruno Guazzelli e Anderson Lima, foram objetivos e diretos em seus pronunciamentos, exigindo uma severa apuração dos ocorridos que envolvem o vereador por quebra de decoro parlamentar, e ainda, ressaltaram diversas vezes que não estavam condenando ninguém, simplesmente dando oportunidade de defesa ao denunciado.