Equipamentos foram desenvolvidos pela Poli
A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos – Saúde Pública enviou ofícios ao governo do Estado e à Secretaria de Estado da Saúde pedindo esclarecimentos sobre o não atendimento a uma recomendação do MPSP quanto à implementação, no combate à covid-19, de projeto utilizando respiradores de emergência desenvolvidos na Escola Politécnica da USP.
De acordo com informações prestadas à Promotoria pelo professor Marcelo Zuffo, o protótipo de ventilador de emergência criado dentro do Projeto Inspire já foi testado em animais e também em pacientes do Hospital das Clínicas, com sucesso, estando pendente de aprovação pela Anvisa.
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Nos ofícios, a promotora de Justiça Dora Martin Strilicherk questiona por que o projeto da Escola Politécnica não recebeu atenção por parte do poder público, que vem negociando a importação de um único respirador por cerca de R$ 220 mil, enquanto um ventilador do Projeto Inspire tem custo aproximado de R$ 2 mil.
A Promotoria pede que seja informado ainda o número de ventiladores necessários para aumentar o número de leitos de UTI no Estado de São Paulo, e qual a possibilidade de produção dos equipamentos pela Escola Politécnica.
Os ofícios levam em consideração as notícias sobre a recente tentativa frustrada de compra de respiradores pelo governo do Estado e o fato de que, “mesmo sem aprovação da Anvisa, o gestor tem obrigação legal de demonstrar que utilizou todos os meios possíveis (humanos e materiais) para salvar pacientes infectados pelo coronavírus (…)”.
Por Núcleo de Comunicação Social